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mercredi 24 novembre 2010

Sophie Hunger - Le Vent Nous Portera


Quedam palavras à flor dos lábios, gestos envergonhados nas pontas dos dedos, os olhares esquivam-se com receio de que essas palavras escondidas saiam deles como borboletas pelas janelas da alma.Os olhos são as janelas da alma sabe? E os teus irradiam luz, o que me leva a crer que embora na alma habitem abismos, os teus são preenchidos por constatações.Por vezes sinto vontade de compreender as razões pela qual se encerram as palavras que deveriam ser ditas e se fecham as janelas, com cortinas do veludo dos olhares e de sábias razões que selam os lábios e os condenam ao silêncio...Porque se consternam as vidas por um beijo, um olhar, um toque de dedos ou de corpos, porque se guarda avidamente o que já não se quer nem se deseja pelo instinto primário de propriedade?É tarde! Essa expressão soa como uma condenação sobre tanta coisa: é tarde! O tempo desfia silencioso entre os dedos ávidos dos teus, mas contentam-se sempre com as razões que o tempo e os outros lhes impõem: é tarde!Vem esta tarde: esquece o tempo e a razão que ele te impõe, solta os dedos como quem solta pássaros ao vento, desata as palavras que tens na ponta dos lábios e se houver alguma coisa a calar cala-a com um beijo.É tarde. Eu sei. Mas vem esta tarde... 

vendredi 12 novembre 2010

05. Rosas- Nuestra Casa A La Izquierda Del Tiempo


[Meu amor: Desenha-me um coração novo que o meu tem séculos... de espera e de solidão antes de ti.
Desenha-mo junto ao peito num arabesco de dedos soltos pelo corpo, entre dois beijos e um suspiro.]
In: Love letter's

jeudi 11 novembre 2010

JOE DASSIN A TOI.


[Há palavras que nunca te direi, que só os dedos saberão desenhar sobre o teu rosto e o teu corpo. Meu amor, estendo os dedos até a ti, numa carícia de sol sobre as flores. Guarda de mim, todas as palavras, mesmo aquelas que o silêncio engoliu, nelas, esta o amor que não sei contar-te]
In: Love letter's

vendredi 5 novembre 2010

Paolo Nutini - Candy (Video)

Tu és quem eu sempre procurei.



Não sei como adivinhava que eras tu que havia de abalar muralhas e certezas que ergui a volta do coração. Perguntas-me coisas que não te sei responder.
Sei que acendes labaredas no meu peito que tornam em cinzas as palavras antes que me cheguem aos dedos, ao papel...
Trago à flor dos lábios o teu nome desenhado pelos beijos que ainda guardo, como uma menina pequena guarda meio rebuçado... nas mãos fechadas o toque dos teus dedos.
Por uma vez que o amor é completo, pode afastar-nos o tempo e o espaço, mas levo-te no corpo quando parto.
Leva-me contigo, no sopro do vento os beijos que ainda não te dei, as carícias que ficam presas aos dedos por falta de coragem ou de tempo.
Foge-me a voz, faltam palavras e desvia-se tímido o olhar, não sabes que te envolvo em pensamento no veludo de um abraço. quero crer que assim te posso guardar, num mundo desenhado à medida, dos sonhos e desejos...
Fica comigo nesse mundo desenhado, se nos afasta o mundo verdadeiro. O tempo que me importa? Os momentos preciosos em que te cruzo valem mais do que toda uma vida onde a tua ausência foi procura, busca incerta, solidão sem nome. O teu rosto e o teu nome vieram dar sentido e completar as peças que faltavam ao meu puzzle.
Guarda-me contigo além desses instantes que roubamos ao tempo e ao espaço de uma vida que vivemos sem que seja a nossa.
Tu és quem eu sempre procurei. Amo-te e faltam-me as palvras para te dizer quanto... 

mercredi 3 novembre 2010

Waltz Disney Amelie valse


Poderia dizer-te que gostaria de te ter conhecido noutra época, noutro tempo, mas sei o quanto essa afirmação é absurda. Vivi sempre num mundo exterior ao teu, num tempo desencontrado do teu. Por isso hoje que o meu mundo e o meu tempo se cruzaram com o teu soube que ou seria agora ou nunca que te dizia o quanto contas para mim.
E serei arrogante ao ponto de te achar que nunca ninguém te amou o quanto te amo, porque te amo desde que te sonho, antes de te encontrar, depois de ti. Que acordou o teu sorriso antes do teu beijo.
Venho de um mundo mais antigo que o teu, percorri labirintos para chegar até a ti. Não me perguntes quem sou nem de onde venho, perdi a memória de quem sou pelos caminhos que percorri. Acho que nunca fui nada até encontrar-te, que fui um fantasma pelas vidas e palas casas por onde passei.
Não te peço um lugar na tua vida, mas no teu coração. Quantas vidas já cruzamos, casas onde paramos, sem que tenhamos achado o nosso lugar? O nosso lugar, definitivamente não é deste mundo, é no coração e na alma de alguém. E só quando encontramos esse alguém é que nos encontramos e encontramos o nosso lugar.
Talvez não saibas ou possas compreender que moras em mim, que me habitas e assombras na tua ausência.
O teu olhar entrou pelo meu e espalhou-se pelo corpo como um doce veneno. Recuei mas sabia que era tarde, levava o teu perfume preso no corpo e o teu olhar na mémoria. Agora todos os meus passos e gestos convergem para ti, caminho sobre um fio esticado como uma equilibrista que ousa passear-se pelas alturas sem rede. O veludo dos passos e dos gestos encobrem a angústia de te perder...