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mercredi 3 novembre 2010


Poderia dizer-te que gostaria de te ter conhecido noutra época, noutro tempo, mas sei o quanto essa afirmação é absurda. Vivi sempre num mundo exterior ao teu, num tempo desencontrado do teu. Por isso hoje que o meu mundo e o meu tempo se cruzaram com o teu soube que ou seria agora ou nunca que te dizia o quanto contas para mim.
E serei arrogante ao ponto de te achar que nunca ninguém te amou o quanto te amo, porque te amo desde que te sonho, antes de te encontrar, depois de ti. Que acordou o teu sorriso antes do teu beijo.
Venho de um mundo mais antigo que o teu, percorri labirintos para chegar até a ti. Não me perguntes quem sou nem de onde venho, perdi a memória de quem sou pelos caminhos que percorri. Acho que nunca fui nada até encontrar-te, que fui um fantasma pelas vidas e palas casas por onde passei.
Não te peço um lugar na tua vida, mas no teu coração. Quantas vidas já cruzamos, casas onde paramos, sem que tenhamos achado o nosso lugar? O nosso lugar, definitivamente não é deste mundo, é no coração e na alma de alguém. E só quando encontramos esse alguém é que nos encontramos e encontramos o nosso lugar.
Talvez não saibas ou possas compreender que moras em mim, que me habitas e assombras na tua ausência.
O teu olhar entrou pelo meu e espalhou-se pelo corpo como um doce veneno. Recuei mas sabia que era tarde, levava o teu perfume preso no corpo e o teu olhar na mémoria. Agora todos os meus passos e gestos convergem para ti, caminho sobre um fio esticado como uma equilibrista que ousa passear-se pelas alturas sem rede. O veludo dos passos e dos gestos encobrem a angústia de te perder...

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