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dimanche 27 mars 2011

deixa que te leve, como leve é o amor...

Não quero fingir que não te amo.
Quero dizer-te ao ouvido, soletrado, baixinho: Amo-te e depois num gesto de malícia deixar deslizar os lábios da orelha até ao pescoço e enfiar os dedos pelos teus cabelos... e perguntar-te: e tu?

Não sei se me amas ou se amas a forma como te amo, ou se esta te aflige e se gostarias de me evitar.

O meu amor é leve, como leves são os lábios que te deslizam da orelha ao pescoço, como a leveza dos meus dedos que voam pelos teus cabelos e te descem pelas costas... o meu amor é leve e a leveza atormenta, suspende.
Preferias, se calhar, que te atirasse contra a parede e te beijasse como se o mundo acabasse amanhã, que fizesse voar as roupas e consumisse o amor em três minutos, amor instantâneo, sopa de caixa, que não fosse esse amor que sobrevoa a pele, arrepia os pelos, que electriza, atormenta, que vive a flor da pele, que nem entra nem sai... permanece suspenso.

Não sei se me amas ou se finges tão bem que não amas, ou se finges que finges. [Um amante fingidor que finge tão completamente que chega a fingir e mente sobre o amor que deveras sente...], para me inspirar em Pessoa...

Não queiras compreender como te amo, dá-me a mão e deixa que te leve, como leve é o amor... 

1 commentaire:

  1. Gratitude for another dawn, frees us from all evil, directs our ways and gives us wisdom in our decisions. Glory to God. Amen!

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