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dimanche 5 décembre 2010



Disseste-me: não posso saber o quanto me amas, não podemos saber o quanto os outros amam;
É verdade, não podes saber o quanto os outros amam, nem sentir o quanto os outros amam, mas podes sentir o quanto te amo.
Não te amo apenas por palavras, mas por actos, chamas por mim e eu respondo à tua chamada; o meu corpo responde ao teu, como uma rosa responde ao vento. O meu ser responde ao teu. E nada do que se interpõe entre nos diminui a intensidade da chamada ou da resposta.
Não podes  medir o quanto te amo porque tens medido palavras e ignorado actos.
Quando os teus dedos percorrem as costas e todo o corpo estremece, quando no silencio entre um beijo e outro os olhares se cruzam, quando nas noites de insónia te deixo uma palavra na almofada, porque a tua ausência é amarga, quando te conto histórias roubadas ao tempo que nos rouba um ao outro...
Quando o coração se faz tão pequeno que caberia numa mão fechada e eu digo com ar de menina grande e digna, que aprende a engolir as lágrimas: esta tudo bem, não te preocupe.
Diz-me, qual o valor dos actos e das palavras para os homens? Onde reside o amor no coração de borboleta deles?
Podia dizer-te que adormeço a pensar em ti e que é para ti o primeiro pensamento da manhã, como esse raio de sol que se infiltra pelas cortinas e que vem beijar-nos nas pálpebras ainda semicerradas, poderia dizer-te os restantes dias da minha vida: amo-te para que saibas que não mudei de ideias. Mas isso são palavras, e o amor reside nos actos, julga-me por esses actos, mede por ai o amor, porque o amor não é prosas nem poesias, mas todos os gestos bonitos que somos capazes de ter um para com o outro, dos mais insensatos aos mais necessários.

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