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samedi 11 septembre 2010

Nenhum Nome Depois,


Nunca soube o teu nome. Entraste numa tarde, 

por engano, a perguntar se eu era outra pessoa - 

um sol que de repente acrescentava cal aos muros, 

um incêndio capaz de devorar o coração do mundo. 



Não te menti; levantei-me e fui levar-te à porta certa 

como um veleiro arrasta os sonhos para o mar; mas, 

antes de te deixar, disse-te ainda que nessa tarde 

bem teria gostado de chamar-me outra coisa - ou 

de ser gato, para poder ter mais do que uma vida. pág.13





de Maria do Rosário Pedreira

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