“Extractos da alma”

Seria mais feliz,
Se me dessem as tais asas
Sonhadas?

Que faria com elas?
Procurava o pais imaginário?
Essa terra ideal
Que inventei um dia.

Ou havia de adormecer,
Nesta terra de absurdo e pesadelo
Como uma menina pequena e temerosa
Que diz baixinho:
Eu quero é a minha mãe...

Em que parte do labirinto perdi a ponta do fio?
E tive que sonhar com uma estrela
Para me guiar para fora dele?

Numa terra menos idealizada do que a
Que sonhei,
Mas menos absurda talvez
Encontrei o paraíso que desconhecia

Mas um segredo deixa de ser segredo,
Perde o encanto,
Quando partilhado.

Hoje, as minhas janelas
Abrem sobre o mar Embora o mar esteja longe

Já não sonho com países imaginários,
Onde o sol não entra
Nem com asas de papelão
Hoje tenho um jardim secreto
Que tem janelas que dão sobre o mar
Tenho asas feitas de sonho e de vento
Que mais ninguém tem senão eu...
Porque são minhas e feitas por mim.

Com pedaços do coração... 

CB